Início > Notícias do Consulado
Experiência da China, Esperança para o Mundo
2022-01-04 20:32

——Artigo da Cônsul Geral da China em Recife, Yan Yuqing, para a Revista REALIS-UFPE China, Esperança para o Mundo

O ano de 2020 marca um momento muito difícil e extraordinário para a China, o Brasil e todo o mundo.

A pandemia da Covid-19 é a mais extensa a afligir a humanidade em um século, tornando-a um desafio enorme e rigoroso. Ao enfrentar esta doença desconhecida e inesperada, a China foi o primeiro país a provocar uma batalha resoluta para reter e controlar a sua proliferação. Sob a liderança do PCCh e do governo chinês, nós, 1.4 bilhões de chineses nos unimos como uma nova “Grande Muralha” e finalmente temos o surto sob controle, criando mais uma vitória marcante na luta contra doenças na história da humanidade.

A China é defensora firme da vida e da saúde do povo.

Logo no início do surto, o governo chinês atribuiu alta prioridade no tempo de reação, cabendo ao presidente Xi Jinping liderar e coordenar pessoalmente as ações durante o combate, priorizando a vida e a saúde do povo. O governo chinês convocou o Grupo Central de Prevenção e Controle do Novo Coronavírus e aconselhou que todos os países seguissem as medidas de prevenção, registro, quarentena e tratamento. Toda a sociedade se articulou, obstruindo de imediato todos os canais possíveis para a transmissão do vírus, controlando severamente os focos de infeção. Para uma melhor prevenção e controle, foram aplicados amplamente os megadados e a inteligência artificial. Ao invés de virar as costas para as pessoas, o país se esforçou para resgatar todos os infectados e aplicou medicamentos de origem tanto ocidental quanto chinesa, custeadas totalmente pelo governo. Com as medidas adotadas, a taxa de recuperação aumentou e consequentemente a mortalidade diminuiu. Além disso, a China tem mantido comunicações próximas com a OMS, outros países e regiões a fim de reajustar e melhorar a sua pronta resposta e a capacidade de reação.

Todo o povo se uniu como um só. A China mobilizou, em apenas um mês e meio, 346 equipes médicas nacionais, 42.600 profissionais médicos e mais de 900 especialistas em saúde pública para o resgate da Província de Hubei, onde mais de 8.81 milhões de voluntários se alistaram e mais de mil leitos foram construídos em apenas 10 dias. As instituições médicas, centros de controle e prevenção de doenças e cientistas chineses publicaram dezenas de teses de alto nível e resultados de estudos no The Lancet, Science, Nature e em outras revistas acadêmicas com renome internacional. Além disso, a China leva sempre em consideração os cidadãos que se encontram no exterior. Todas as missões diplomáticas chinesas se esforçaram no cumprimento de proteção consular, ao divulgar avisos e recomendações de proteção contra a Covid-19 aos cidadãos chineses e kits de proteção individual foram distribuídos, além de ajudar os cidadãos mais vulneráveis a retornar para a China.

Aproximadamente um mês depois, as medidas para a contenção da evolução da Covid-19 provaram serem eficazes no país. Após cerca de dois meses, eram registrados diariamente menos de dez casos positivos domésticos e depois de três meses, alcançamos vitórias decisivas na salvaguarda da Cidade de Wuhan e da Província de Hubei. No fim, foi conquistado o êxito estratégico contra a Covid-19 em todo o país. No dia 7 de junho de 2020, o governo chinês lançou um livro branco, intitulado “Combate à Covid-19: China em Ação”, para apresentar os esforços do país na luta contra o vírus a fim de compartilhar a sua experiência com o resto do mundo e para esclarecer seu ponto de vista sobre a batalha global. Em 8 de setembro, foi realizado em Beijing a reunião para homenagear os grandes personagens desta luta, onde o presidente Xi proferiu no seu discurso que “perante o desafio, nunca cai do céu um herói redentor, mas marcham os corajosos mortais.” Por outro lado, a vacinação é um dos trabalhos prioritários do governo chinês. Até o dia 18 de setembro deste ano, foram registradas mais de 2.1 bilhões de doses aplicadas e 1.1 bilhões de cidadãos vacinados, representando 78% de toda a população.

Graças aos esforços árduos, a China é um dos primeiros países a conseguir controlar o surto internamente, salvaguardando não só a vida e a saúde do seu povo, como também a segurança e a saúde pública regional e mundial. A luta da China demonstra a sua determinação, capacidade e responsabilidade.

A China é uma construtora ativa em cooperação internacional contra a pandemia.

Esta guerra antiviral é perante toda a humanidade. Desde o seu surto, a China, com atitude de abertura, transparência e responsabilidade e a fim de construir uma comunidade da saúde para a humanidade, tem se comunicado incessantemente à OMS e aos países relacionados, disponibilizando na primeira hora a sequência genética do vírus, e compartilhando, sem reserva nenhuma, as experiências do controle e tratamento com todas as partes.

Na 73ª Assembléia Mundial da Saúde em maio deste ano, o Presidente Xi apelou pela solidariedade e cooperação do mundo no combate à Covid-19 e declarou que a China iria doar em três anos ao mundo o equivalente a 3 bilhões de dólares, particularmente aos países em desenvolvimento que foram afetados, para auxiliar na sua resposta à pandemia e no desenvolvimento econômico e social. Até maio, a China havia doado 2 bilhões de dólares para suporte financeiro e inclusive entregou mais de 280 bilhões de máscaras, 3.4 bilhões de macacãos de proteção e 4 bilhões de kits teste para mais de 150 países e 13 organizações mundiais. Futuramente, a Chinacontinuará trabalhando com a sua vantagem para manter uma estável cadeia global de suprimento de material de combate à Covid-19, e para praticar mais auxílio humanitário, apoiando os países com necessidades.

Entretanto, ativa na pesquisa internacional da vacina, a China  insiste que a vacina será um “produto público” e se opõe ao “racismo da vacina”. Com a adesão na Iniciativa COVAX, a China entregou, até setembro deste ano mais de 1 bilhão de doses de vacina e o seu insumo a mais de 100 países e organizações mundiais, enquanto a meta total será 2 bilhões. No futuro, a China doará 100 milhões de dólares à COVAX e 100 milhões de doses para os países em desenvolvimento.

Todavia, a China repudia firmemente a politização da questão de pandemia. Nenhum país tem o direito de desvalorizar a vida humana, politizar uma questão científica e estigmatizar os outros países. A parte chinesa está disposta a trabalhar com a comunidade internacional no rastreamento de forma científica da origem da COVID-19, a fim de contribuir para a vitória deste combate global.

A China apoia fielmente o auxílio no combate contra a Covid-19 no Brasil.

A China foi o primeiro país a estender a mão desde o início do surto no Brasil. O Presidente Xi Jinping e o Presidente Jair Bolsonaro se comunicavam regularmente por telefone e cartas, através das quais orientavam a cooperação bilateral contra a pandemia.

Até o momento, os materiais médicos doados para o governo central, local, empresas e imigrantes chineses no Brasil estão acumulados no valor de 60 milhões de reais. Foram registradas 1.200 toneladas de produtos médicos comprados da China e mais de 20 conferências para a troca de experiência entre os profissionais. Institutos de pesquisa médica dos dois países conquistaram resultados no ensaio clínico da fase III da vacina no Brasil. A vacina chinesa foi a primeira a ser autorizada no Brasil e está sendo amplamente tomada pelo povo brasileiro. O Brasil é um parceiro privilegiado da China tanto na quantidade como na eficácia da entrega da vacina chinesa. Sob os esforços conjuntos, o Brasil se tornou o primeiro país fabricante de vacina na América Latina. A cooperação íntima entre as equipes médicas de ambos países ilustrou a amizade sino-brasileira.

Tanto o governo quanto o povo brasileiros manifestaram através dos ofícios e das redes sociais o agradecimento à parte chinesa pelo apoio na compra e uso das vacinas. No dia 10 de abril deste ano, o Conselheiro de Estado e Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, falou por telefone com o seu homólogo brasileiro, Carlos Alberto Franco França, que os países latino-americanos inclusive o Brasil estão enfrentando uma situação muito crítica da pandemia e a China se compadece com o Brasil. Wang acrescentou que a China apoia firmemente os esforços do governo brasileiro para conter a pandemia e restaurar sua economia, e que quer continuar com a cooperação de vacinas para o Brasil para que possa satisfazer urgentemente as suas necessidades dentro de sua capacidade.

2021 marca um ano de desafio e esperança para a China, o Brasil e todo o mundo.

Próxima do aniversário de 100 anos da fundação do PCCh, a China inicia o 14º Plano Quinquenal e uma nova jornada da construção integral de um país socialista moderno. O país vai acelerar o novo esquema de desenvolvimento caraterizado de dupla circulação, que tem o mercado interno como esteio e permite os mercados interno e externo se impulsionarem um ao outro. Além disso, a China implementará no seu desenvolvimento, novos conceitos de inovação, coordenação, sustentabilidade, abertura e compartilhamento e promoverá um desenvolvimento com maior qualidade, mais eficiente, justo, sustentável e seguro, para que se torne um mercado compartilhado por todo o mundo, e caraterizado pela abertura do mais alto nível, regras mais transparentes e ambiente mais favorável.

Perante a pandemia, a China vai persistir, com espírito humanitário internacional, compartilhar com todos os países a sua experiência de retenção da pandemia e superar esse combate com o mundo inteiro. Atualmente, o mundo está enfrentando mudanças sem precedentes do século. A China vai insistir e defender firmemente o multilateralismo, abrindo a sua porta de benefício recíproco ao mundo incluindo o Brasil e criando uma comunidade de destino comum para a humanidade.

O link: https://periodicos.ufpe.br/revistas/realis/issue/view/3267/showToc

Suggest to a friend:   
Print